Para minimizar o sofrimento dos desabrigados pelas enchentes de junho último, o governo de Alagoas contratou, de forma emergencial, 52 profissionais especializados que atuam até agora nos municípios. São nutricionistas que trabalham diariamente fiscalizando a produção e distribuição das quentinhas nos municípios. Cozinhas comunitárias ficam prontas até dezembro e alimentos são de responsabilidade da empresa vencedora de licitação.
A Secretaria de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social (Seades) vem atuando junto a população desde o primeiro momento da tragédia, e de acordo com o nutricionista Diogo Teodosio, as carnes utilizadas pela empresa são compradas congeladas, o que assegura a impossibilidade da existência de pêlos e couros de animais na refeição.
A Seades ainda diz que as quentinhas são produzidas sob a responsabilidade de uma empresa, vencedora da licitação realizada pelo Estado e que distribui a mesma alimentação para todos os municípios que possuem moradias provisórias em Alagoas, totalizando diariamente 5.700 refeições.
A secretária de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social, Solange Jurema, reconhece a delicadeza da situação, mas explica a necessidade de distribuição das quentinhas. “As famílias querem cestas básicas e isso nem o Estado, nem a União vai poder oferecer, uma vez que o Corpo de Bombeiros explicou os riscos de incêndios possíveis com a utilização de fogões dentro das barracas”, explicou.
Devido a dificuldade de identificação de uma área adequada, houve um atraso na conclusão das obras das cozinhas emergenciais que deverão ser entregues às prefeituras neste mês dezembro. Estas cozinhas servirão diariamente as três refeições e estão sendo construídos ainda, módulos de cozinhas auxiliares que vão atender às demandas extras da comunidade, como por exemplo, a preparação de um chá ou mamadeira. O município de Murici será contemplado com cinco cozinhas emergenciais.
Enquanto esses equipamentos não ficam prontos, 2.110 quentinhas são distribuídas diariamente nas moradias provisórias de Murici. Neste período ficou combinado que os municípios se responsabilizariam pelo café da manhã e jantar enquanto o Estado forneceria o almoço. Este foi um dos compromissos firmados pelo Estado para garantir que nenhuma família passe fome.
É fundamental lembrar o apoio dado pelo governo federal, no primeiro momento, além dos recursos repassados pelo Ministério da Integração, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), também repassou recursos direto para os fundos municipais de todos os municípios, para atender a qualquer demanda da calamidade.
A Seades informa que Murici recebeu um montante de R$ 520 mil que ainda não foram utilizados na sua totalidade.
Alagoas em Tempo Real