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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Cabo que matou jovem em Murici é expulso da PM

A Polícia Militar expulsou de suas fileiras, nesta segunda-feira (27), o cabo PM Samuel Silva Souza, 42 anos, que já tem dois homicídios em sua vida pregressa e foi preso em flagrante na terça-feira de Carnaval, dia 21, por ter assassinado o jovem Bruno Macena da Silva, de 21 anos, filho de um sargento PM, durante uma confusão no bloco Tudo Azul, em Murici.
O comandante-geral da PM, coronel Luciano Silva, explicou ao Tudo na Hora que o processo de expulsão, que estava na Procuradoria Geral do Estado (PGE), chegou na sexta-feira (24) ao comando da PM, com parecer favorável à exclusão. Hoje o resultado foi publicado no boletim da corporação, e agora Samuel Silva Souza é um ex-cabo PM.
Mas ele não foi expulso pelo assassinato cometido em Murici, e nem mesmo por um assassinato anterior, pelo qual ele foi julgado e condenado em 2002, quando era soldado.
O que levou à expulsão de Samuel Souza foi um processo interno em que ele é acusado de extorsão e formação de quadrilha.
Em setembro de 2002, o então soldado Samuel foi levado a júri popular por assassinato. Foi condenado a 12 anos de prisão em regime fechado. Porém, o juiz que proferiu a sentença – a Polícia Militar não informa o nome do magistrado – “entendeu que o réu não deveria perder a função pública de policial militar”.
Resultado: depois de cumprir 1/6 da pena (ou seja, dois anos e dois meses), Samuel ficou livre e voltou a ser um policial militar em plena atividade. E voltou a cometer crimes, inclusive de morte.
O comandante da PM disse que além de responder pelo assassinato de Bruno Macena, e duas tentativas de homicídio, o ex-cabo Samuel, que está preso, também responderá pelos outros crimes dos quais é acusado, inclusive porte ilegal de arma. No dia em que matou Bruno Macena e feriu outras duas pessoas, Samuel estava oficialmente licenciado da PM “para tratamento de saúde” – e foi flagrado armado, aparentemente sob efeito de álcool e num bloco de carnaval.
Pai da vítima culpa Justiça
Na quarta-feira da semana passada (22), no velório do jovem Bruno Macena, em Maceió, seu pai, o sargento PM Ernande Macena da Silva, culpava a Justiça pela morte do filho. “Se ele [o cabo Samuel] tivesse sido excluído da PM quando cometeu outros crimes, não estaria armado no bloco, e meu filho não teria morrido”, dizia, revoltado, o pai da nova vítima de Samuel. “Como pode um policial que já foi acusado de roubo, segundo me informaram, vestir a farda da PM? A minha maior revolta é com a Justiça”, desabafou.
Cabo provocou confusão
Na terça-feira do desfile do bloco Tudo Azul, em Murici, segundo relatos de testemunhas, o cabo Samuel provocou confusão, aproveitando que estava armado. Quando um grupo de pessoas foi abordá-lo, o cabo sacou sua arma e disparou várias vezes. Um tiro matou Bruno Macena da Silva. Outros disparos feriram o major PM Marcelo Araújo de Souza e outro cidadão, Marcone da Silva.
Fonte: TudonaHora

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