Para enfrentar o gigante dos móveis e eletrodomésticos, duas redes do setor anunciaram que agora são uma empresa só, que pretende chegar a mil lojas e dobrar o faturamento.
A união das empresas foi inspirada em um aprendizado antigo.
"Eu aprendi também como enfrentava concorrência porque quando comecei a vender mexerica apareceu um concorrente de mexerica que queria cobrir minhas oferta, e aí eu cobri as ofertas dele", conta o presidente da Ricardo Eletro, Ricardo Nunes.
Da mexerica para os eletrodomésticos, a concorrência só aumentou. A Ricardo Eletro hoje marca presença no sudeste e centro-oeste do Brasil. Já a Insinuante concentra no nordeste 97% das operações da empresa.
A união entre as duas dá origem a um grupo com 528 lojas, que fatura R$ 4 bilhões e vai comandar 8% do mercado de móveis, eletrodomésticos e eletrônicos.
Só fica atrás do grupo que juntou Casas Bahia, Ponto Frio e Extra-Eletro, que tem mais de mil lojas, faturamento de R$ 18 bilhões e 20% do mercado.
A união de empresas como a que foi anunciada nesta segunda-feira (29) deve melhorar a distribuição de produtos e aumentar o poder de barganha com os fabricantes. Quem ganha com isso é o consumidor, que poderá encontrar boas condições financeiras e preços melhores.
Os economistas só fazem uma ressalva. É preciso haver mais de um grupo forte no mesmo setor para que os efeitos sejam benéficos.
"O consumidor só ganha com fusões, quando a concorrência existe, e ela é forte. É uma tendência mundial que o varejo tenha alta concentração entre poucos nomes e com alta rivalidade entre eles", afirma o especialista em fusões da FGV, Frederico Turolla.
"É uma sequência natural no crescimento e na evolução de empresas de varejo em mercados grandes como o brasileiro", diz o coordenador do Programa de Administração de Varejo, Nuno Fouto.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário