Ele foi assassinado a tiros no bairro Minaslândia, na Região Norte.
Vítima era um dos réus no processo que apura o sumiço e morte de Eliza.
O primo do goleiro Bruno Fernandes,
Sérgio Rosa Sales, de 24 anos, foi encontrado morto a tiros na manhã
desta quarta-feira (22) no bairro Minaslândia, na Região Norte de Belo
Horizonte. Sales era um dos réus no processo que apura o desaparecimento
e morte de Eliza Samudio, ex-namorada de Bruno.
“Ele não estava sendo ameaçado, ele era
amigo de todo mundo”, disse o pai da vítima Carlos Alberto Sales, no
local do crime nesta quarta-feira (22).
Segundo a PM, ainda não há dados sobre
motivação, mas informações iniciais dão conta de que Sales estava saindo
de casa para trabalhar quando foi perseguido por dois homens em uma
motocicleta. Ele teria tentado se esconder em uma casa quando foi morto.
O local é próximo à casa da vítima. A PM disse que o primo do goleiro
Bruno foi atingido por seis tiros, entre eles, no rosto, na barriga e na
mão. “Pelo número de disparos, a tentativa era de execução”, disse o
sargento da Polícia Militar (PM), Célio José de Oliveira.
Sales ganhou liberdade no dia 10 de agosto de 2011, quando a Justiça decidiu pela soltura provisória
do réu. De acordo com o desembargador Doorgal Andrada, Sales não
apresentava capacidade de influenciar testemunhas, não tinha poder
aquisitivo e colaborava com as investigações. À época, o advogado de
Sales, Marco Antônio Siqueira, disse que sempre esperou que seu cliente
fosse solto. Para ele, o primo do goleiro era uma testemunha do crime.
Nesta quarta-feira, até o fechamento desta reportagem, o defensor não foi encontrado para comentar sobre o assassinato.
Na fase de inquérito sobre o
desaparecimento e morte de Eliza, Sales e outro primo do goleiro Bruno –
Jorge Luiz Rosa, 19 anos – contribuíram com informações
à polícia. Segundo a investigação, eles estiveram com Eliza no sítio do
jogador, em Esmeraldas (MG). Atualmente, Rosa cumpre medida
socioeducativa, pois foi apreendido quando ainda era adolescente.
Caso Eliza SamudioO goleiro Bruno Fernandes e mais sete réus forma pronunciados a júri popular no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-namorada do jogador. Para a polícia, Eliza foi morta em junho de 2010 na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e o corpo nunca foi encontrado.
Após um relacionamento com o goleiro
Bruno, Eliza deu à luz um menino em fevereiro de 2010. Ela alegava que o
atleta era o pai da criança. Atualmente, o menino mora com a mãe da
jovem, em Mato Grosso do Sul.
O goleiro e o amigo Luiz Henrique Romão
vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio
triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A Justiça havia
atribuído as mesmas acusações a Sérgio Rosa Sales, mas ele respondia o
processo em liberdade desde 2008. Já o ex-policial Marcos Aparecido dos
Santos também está preso e vai responder no júri popular por homicídio
duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Dayanne Rodrigues, ex-mulher do goleiro;
Wemerson Marques, amigo do jogador, e Elenílson Vítor Silva, caseiro do
sítio em Esmeraldas, respondem pelo sequestro e cárcere privado do
filho de Bruno. Já Fernanda Gomes de Castro, outra ex-namorada do
jogador, responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho
dela. Eles foram soltos em dezembro de 2010 e respondem ao processo em
liberdade. Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, foi
inocentado.
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), não há previsão de data para o julgamento do caso Eliza Samudio.
Fonte: G1